Com apresentação e produção executiva de Andreza Araújo 🎬, direção de Jonatas Costa e 📜 roteiro de Babi Cardoso, o documentário Um dia para não esquecer retrata a tragédia da Mina Consol nº 9, em Farmington, West Virginia (EUA), ocorrida em 20 de novembro de 1968.
“O próximo trabalho não pode ser o último.”
Sobre Andreza Araújo
Executiva sênior de EHS, possui mais de 24 anos de experiência em Supply Chain, tendo atuado em posições de liderança em empresas globais de bens de consumo — incluindo o cargo de Head Global de EHS. Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho pela Unicamp, é mestre em Diplomacia Ambiental pela Universidade de Genebra e tem especializações em Sustentabilidade (IMD – Suíça), Gestão de Pessoas e Coaching (Universidade de Ohio), além de formações técnicas na África, Europa e EUA. Autora de 13 livros traduzidos para o inglês, espanhol e alemão — entre eles Cultura de Segurança, o primeiro título em português sobre o tema — Andreza representou o Brasil em eventos internacionais, como na sede da ONU em Paris, na Watec em Israel e na sede da OIT em Turim. Foi premiada duas vezes pela CEO da PepsiCo, Indra Nooyi, por resultados de excelência em EHS, e acumula mais de 10 reconhecimentos nacionais e internacionais ao longo de sua trajetória profissional.
O acidente retratado no documentário resultou na morte de 78 mineiros e ficou marcado na história da segurança do trabalho. Lançado em 28 de abril – Dia Mundial da Segurança, o filme traz um relato comovente sobre o impacto da tragédia na vida das famílias das vítimas, com depoimentos emocionados, ainda carregados de dor e saudade, mesmo após 57 anos do ocorrido.
🔍A produção investiga as possíveis causas da explosão da mina com base em análises de especialistas e evidencia o papel desse evento na evolução da legislação de proteção aos trabalhadores.
A história da mina, fundada em 1902 e explorada por 66 anos, é detalhada no roteiro, que destaca que, sob condições ideais de segurança, poderia ter chegado aos 100 anos. Na época da explosão, a mina operava com 320 funcionários, na modalidade subterrânea, produzindo 2 milhões de toneladas de carvão por ano ⛏️🪨. Seu leito de carvão estava a mais de 90 metros da superfície.
⚠️ Registros de acidentes graves nos anos de 1954, 1958 e 1965 já alertavam para as precárias condições de segurança que culminariam na explosão de 1968.
Naquele 20 de novembro, houve uma falha rápida de energia na mina e, em seguida, um tremor foi sentido por uma longa distância. Era a primeira explosão. As inspeções do dia apontavam para normalidade nas condições de segurança, e 98 mineiros trabalhavam nesse horário. Após a primeira explosão, muitas outras se seguiram, atribuídas à grande quantidade de gases inflamáveis acumulados na mina. A nuvem de fumaça atingiu 45 metros de altura e foi vista por toda a região.
O documentário contextualiza o papel da mineração na economia do pós-guerra, quando o carvão era a principal fonte de empregos de diversas comunidades. Em um momento tocante, o entrevistado Joe Magna relata, bastante emocionado, que aquele seria o último dia de trabalho de seu pai, Emílio Magna, de 48 anos . Joe tentou convencê-lo a ir pescar, mas Emílio optou por honrar o compromisso com a mineradora, despedindo-se com o conselho: “Seja bom”. Foi a última vez que se viram 💔.
Dentre as vítimas estavam muitos trabalhadores experientes, o que levou à investigação das causas do desastre. As inspeções anteriores já apontavam condições inseguras, como excesso de pó de carvão e acúmulo de metano. A mineradora priorizava produtividade em detrimento da segurança.
A produção lança a pergunta:
“Se era tão perigoso, por que os mineiros não protestavam?”
E responde:
Por medo de represálias. Relatos mostraram que, quanto mais se denunciava, piores ficavam as condições. Os que reclamavam eram punidos com funções mais perigosas ⚠️.
📊 Em 1967, das 5.400 minas ativas nos EUA, 82% apresentavam violações de segurança. Desde então, houve avanços, mas Andreza destaca: “Mais do que seguro realizar uma tarefa, é preciso que seja seguro falar sobre segurança.”
“Para construir essa cultura forte e madura, é necessário estabelecer canais acessíveis e políticas de não retaliação, para que a comunicação seja confiável e transformadora.”
Andreza Araújo
A investigação revelou que as inspeções eram superficiais e que o sistema de ventilação estava danificado há muito tempo. Por isso, os moradores de Farmington nunca chamaram o ocorrido de acidente.
A tragédia gerou indignação e foi o estopim para mudanças. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho instituiu o 28 de abril como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em homenagem às vítimas – o mesmo espírito que guia o documentário.
O filme pergunta se o acidente poderia ter sido evitado. E responde com firmeza: SIM. Bastaria aplicar as medidas identificadas nos acidentes anteriores e criar um ambiente seguro para o trabalho e para a fala.
“Líderes que escutam, observam e agem constroem ambientes onde a segurança é real, constante, vivida.” Um lugar onde as pessoas vão trabalhar e voltam pra casa, inteiras, completas, bem.
🎥 A tragédia é retratada com sensibilidade, respeito e empatia. Andreza Araújo emociona o público ao reviver a dor de uma comunidade inteira e reforça uma verdade urgente:
⚠️ Pensar a segurança continua sendo imprescindível.
Parabenizamos e celebramos uma produção como essa. Assim como o que estamos construindo com o SICLOPE, esse tipo de ação contribui com toda a comunidade de segurança do trabalho, fortalecendo o diálogo, a consciência e a cultura preventiva 👏.
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