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Prevenção x Proteção na Prática para SST. Entendas as diferenças

19/04/2024

Em Saúde e Segurança no Trabalho, “prevenção” e “proteção” são dois conceitos relacionados, porém, distintos, mas com o mesmo objetivo final: garantir a segurança e bem-estar dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. 

Neste artigo, você encontrará:

  • Definições e conceitos de Prevenção e Proteção
  • A importância de se entender as diferença entre eles
  • Infográfico informativo conceituando a proposta
  • Exemplos de Prevenção
  • Exemplos de Proteção
  • Conclusão do raciocínio

A prevenção em SST envolve a identificação e a mitigação de riscos e perigos antes que ocorram incidentes ou acidentes. Trata-se de antecipar situações perigosas e tomar medidas para evitar que elas se concretizem. Isso envolve a implementação de medidas proativas, como programas de treinamento de conscientização sobre segurança, avaliação de riscos, inspeções regulares de segurança, políticas de segurança no local de trabalho e a criação de uma cultura de segurança. 

A PREVENÇÃO busca eliminar ou minimizar as condições inseguras que possam levar a lesões, doenças ocupacionais ou acidentes.

Já a proteção em SST refere-se às medidas e equipamentos adotados para minimizar os danos caso ocorra um acidente ou situação de risco. Ela se concentra em oferecer uma camada de segurança adicional para os trabalhadores caso a prevenção não seja totalmente eficaz. Isso inclui a disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados para os funcionários, como capacetes, luvas, óculos de proteção, calçados de segurança, entre outros. Além dos EPIs, a proteção também pode envolver equipamentos de proteção coletiva (EPC), barreiras físicas, sistemas de ventilação, sinalizações de segurança e procedimentos de emergência bem definidos.

A PROTEÇÃO se concentra em minimizar os danos, caso os riscos de acidentes se concretizem.

Ambos os conceitos são fundamentais para criar um ambiente de trabalho seguro e saudável para os funcionários. Idealmente, a prevenção deve ser a prioridade, mas a proteção também é importante para lidar com situações imprevistas ou emergências.

E por que entender essas diferenças importa?

A importância de se entender com mais profundidade as diferenças desses dois termos está no aumento do nível de consciência que culmina em um significativo aumento de poder argumentativo na hora de fazer defesas de investimentos ou estabelecer projetos voltados para as áreas de saúde e segurança.

A prevenção é frequentemente quantificável e pode ser controlada e monitorada. Usa-se, para isso, a engenharia de segurança do trabalho. Antes de um acidente acontecer, muitos outros “pré-acidentes” quase aconteceram e deixaram vestígios. Entender, captar, organizar, monitorar e até predizer esses vestígios faz parte da engenharia, ou seja, da prevenção. Para tal, é necessário entender quais são os vestígios que sua operação produz, incluindo os de comportamentos humanos, além de ter em mãos ferramentas eficientes para captura, monitoramento, controle, análise e gestão desses vestígios. É nesse ponto que entra tecnologias como o SICLOPE.

Já a proteção presume-se que houve falha no trabalho anterior e o fator acidentário aconteceu, tendo deixado ou não consequências. O professor Béda Barkokebas Júnior, que foi pesquisador e pró-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, em solenidade com a então Ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maria de Assis Calsing, deu uma verdadeira aula de Engenharia de Segurança cujo texto foi publicado na Revista Oficial do TST e pode ser lida na íntegra nesse link. No discurso, ele diz:

“Quem dá EPI não faz segurança. Dar um EPI a um trabalhador é dizer “segura o tranco, pois a pancada vem” – e mais nada. Quando lhe dou um capacete, é porque vão cair coisas na cabeça dele; tenho é que evitar que a coisa caia na cabeça dele, tenho é que fazer prevenção”

Prof. Béda Barkokebas Júnior

Essa é a essência da diferença entre esses dois conceitos:
a engenharia previne e o capacete protege.

Infográfico com resumo das diferenças entre prevenção e proteção.

Clique para ampliar


Exemplos de prevenção

Vejamos alguns exemplos práticos de medidas de prevenção em Saúde e Segurança no Trabalho que as empresas podem implementar para garantir um ambiente de trabalho seguro:

Treinamento e conscientização:

  • Realizar treinamentos regulares sobre práticas de segurança no trabalho para todos os funcionários.
  • Promover sessões de conscientização sobre os riscos associados a tarefas específicas e como evitá-los.
  • Educar os trabalhadores sobre o uso correto de equipamentos e ferramentas.

Avaliação de riscos:

  • Realizar avaliações regulares de riscos em todas as áreas de trabalho para identificar perigos potenciais.
  • Identificar as causas subjacentes de riscos e implementar medidas para eliminá-los ou controlá-los.

Sistema de gestão:

  • Fazer o correto mapeamento e controle de toda a área de SST.
  • Ter informação disponível e conhecimento do problema em tempo real, para maior facilidade e assertividade na tomada de decisão.
  • Implementar e automatizar processos digitalmente por meio de plataformas especialistas para gerir processos de Segurança do Trabalho (Entenda melhor sobre esse tema na página do SICLOPE).

Políticas e procedimentos:

  • Desenvolver e implementar políticas de segurança abrangentes que abordem todos os aspectos do ambiente de trabalho.
  • Estabelecer procedimentos claros para lidar com emergências, como incêndios, evacuações e primeiros socorros.

Controle de engenharia:

  • Redesenhar o layout do local de trabalho para minimizar exposição a riscos, como colocar barreiras físicas entre áreas perigosas e áreas de tráfego.
  • Melhorar a ventilação e o sistema de exaustão em ambientes onde produtos químicos perigosos são usados.

Ergonomia:

  • Ajustar estações de trabalho para garantir que os funcionários mantenham uma postura adequada, evitando lesões musculoesqueléticas.
  • Fornecer móveis e equipamentos ergonômicos para reduzir a fadiga e o desconforto.

Manutenção regular:

  • Realizar manutenção preventiva regular em máquinas e equipamentos para garantir que eles estejam funcionando corretamente e de forma segura.
  • Substituir ou reparar imediatamente equipamentos danificados ou desgastados que possam representar riscos.

Monitoramento e inspeção:

  • Realizar inspeções regulares do local de trabalho para identificar e corrigir potenciais problemas de segurança, preferencialmente em formato digital para ganho de eficiência, performance e redução de erros (Veja mais sobre esse tópico aqui).
  • Utilizar dispositivos de monitoramento, como detectores de fumaça e gás, para identificar precocemente riscos de incêndio ou exposição a substâncias perigosas.

Promoção de cultura de segurança:

  • Incentivar os funcionários a relatar riscos e incidentes de forma proativa, sem medo de represálias. Existe metodologia com eficiência comprovada sobre isso (Veja como implementar digitalmente esse processo nesse link). 
  • Reconhecer e recompensar comportamentos e práticas seguras no local de trabalho. A depender da maturidade da sua organização, existem metodologias aplicáveis bem interessantes sobre reportes de abordagem comportamental e comportamento seguro (Clique nos links para saber mais sobre cada uma delas).
  • Esses são apenas alguns exemplos de medidas de prevenção em SST. Cada local de trabalho pode ter desafios e riscos específicos, portanto, é importante adaptar as estratégias de prevenção de acordo com a natureza das atividades realizadas.

Exemplos de proteção

Se, mesmo com um sistema de prevenção bem planejado e executado, um acidente ou incidente de trabalho ocorrer, as medidas de proteção estarão lá para garantir a segurança dos trabalhadores em situações de risco. Veja alguns exemplos:

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs):

  • Fornecer EPIs adequados, como capacetes, luvas, óculos de proteção, protetores auriculares e calçados de segurança, para os funcionários de acordo com os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Vestimentas de segurança:

  • Oferecer roupas específicas, como macacões resistentes a chamas ou vestimentas antirradiação, para proteger os trabalhadores em ambientes perigosos.

Barreiras de proteção:

  • Instalar barreiras físicas, como cercas, corrimãos e proteções de máquinas, para isolar áreas perigosas e impedir o acesso não autorizado.

Sinalização de segurança:

  • Colocar placas de sinalização de segurança, avisos de perigo e instruções claras em locais estratégicos para alertar os trabalhadores sobre riscos potenciais.

Ventilação adequada:

  • Garantir sistemas de ventilação eficientes em áreas onde ocorre a manipulação de produtos químicos ou substâncias perigosas para evitar a inalação de gases tóxicos.

Sistemas de supressão de incêndio:

  • Garantir sistemas de ventilação eficientes em áreas onde ocorre a manipulação de produtos químicos ou substâncias perigosas para evitar a inalação de gases tóxicos.

Primeiros socorros e kits de emergência:

  • Disponibilizar kits de primeiros socorros em locais de fácil acesso e treinar os funcionários em técnicas básicas de primeiros socorros.

Saídas de emergência e rotas de evacuação:

  • Estabelecer rotas de evacuação claramente marcadas e saídas de emergência desobstruídas para garantir a evacuação segura em caso de incêndio ou outros eventos críticos.

Treinamento em emergência:

  • Realizar treinamentos periódicos sobre procedimentos de evacuação, uso de extintores e ações a serem tomadas em diferentes cenários de emergência.

Isolamento de equipamentos:

  • Implementar bloqueios e etiquetas de bloqueio (lockout/tagout) em equipamentos perigosos para evitar que sejam acionados durante a manutenção ou reparo.

Proteção contra quedas:

  • Utilizar guarda-corpos, redes de segurança, linhas de vida e cintos de segurança para proteger os trabalhadores em locais elevados.

Treinamento de manuseio de substâncias perigosas:

  • Instruir os trabalhadores sobre o manuseio seguro de produtos químicos, incluindo a utilização de equipamentos de proteção e técnicas de contenção.

Lembrando que a implementação dessas medidas de proteção deve ser adaptada às características específicas de cada local de trabalho e às atividades realizadas. 


Empresas que ainda não estão digitalizadas comumente falham na gestão de muitas dessas variáveis de prevenção e proteção. Assumir riscos evitáveis é, de certa forma, negligenciar a Saúde e Segurança no Trabalho dos colaboradores, o que pode impactar consideravelmente na saúde do negócio em si.  Aquelas mais atualizadas já entenderam a importância de rever o sistema de gestão da área de Saúde e Segurança do Trabalho e se beneficiaram com a agilização dos processos, aumento de eficiência operacional, redução de tributos, redução de falhas e ganho de tempo e dinheiro.

Para alcançar os melhores resultados, o SICLOPE foi desenvolvido visando o fortalecimento da cultura preventiva dentro das empresas. Os pontos centrais dessa plataforma são a disponibilização de conhecimento sobre um determinado risco, problema ou processo, seu monitoramento e o compartilhamento dessas informações aos gestores para maximizar a velocidade e a assertividade na sua tomada de decisão. Seus recursos podem ser dinamicamente realocados de acordo com cada demanda, com poucos cliques. A missão é fazer uso de engenharia de segurança do trabalho, somado a tecnologia como ferramenta, com o objetivo de preservar a vida no ambiente de trabalho. Saiba mais sobre o SICLOPE clicando aqui.

Nossos Módulos

Instalado de forma modular, o SICLOPE atende as necessidades dos nossos clientes da forma mais otimizada possível. A solução garante informação disponível, conhecimento do problema, velocidade e assertividade para as tomadas de decisões e gestão dos riscos do negócio, com foco no fortalecimento da cultura preventiva e atendimento legal. O resultado é o aumento da qualidade da gestão do tempo, com a consequente melhoria da tomada de decisão.

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